A linha ribeirinha de Lisboa tem edifícios , que foram construídos e desenhados com fachadas com uma dimensão e traça, que só faz sentido com uma perspectiva larga e acesso ao Rio.
O presente projecto vai "entaipar" as fachadas do Museu Militar e do Celeiro Público – também conhecido por Armazém das Farinhas – do Terreiro do Trigo.
São munumentos com história. O Celeiro Público foi construído por ordem de D. José I. A decisão foi tomada em 1766, mas o regimento só foi editado no ano seguinte. Estipula-se então que num dos lados do edifício exista um armazém para os cereais e que sejam construídos mais sete «Celleiros públicos de Vendagem», situando-se um destes «ao pé do mesmo Terreiro Geral com oito lugares para vendas de Farinhas», também chamado «Celleiro das Farinhas de fóra do Terreiro».
Em 1780, D. Maria I recebe um documento do Inspector-Geral do Terreiro que refere a necessidade de construir dois armazéns para recolher as farinhas e fazer medições. Dias depois, a rainha decide avançar com o projecto e é pedido a três mestres que examinem os espaços junto ao Terreiro Público e apresentem um orçamento. A previsão das despesas é feita rapidamente: doze contos de réis.
No ano seguinte, a rainha ordena o início da obra do depósito de trigos, suspendendo o armazém para a fabricação de farinhas, acomodações dos oficiais e outras necessidades do terreiro. O armazém das medições começou a ser edificado, sob a direcção do arquitecto Reinaldo Manuel dos Santos. A data não é certa, mas pensa-se que as obras se iniciaram entre meados de 1781 e meados do ano seguinte. A conclusão também não está registada, sabendo-se que ocorreu entre 1786 e 1805.
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